Com uma dívida de R$ 6 mil, o Centro de Convivência do Idoso de Ibaté (SP) está com risco de fechar as portas no próximo ano. A entidade que atende cerca de 40 idosos tem promovido venda de pizzas para pagar encargos dos funcionários e dívidas.
Além das dificuldades financeiras, o prédio da entidade está com problemas. O local precisa de obras de acessibilidade, encanamento e da construção de um refeitório que hoje é improvisado.
A terapeuta ocupacional Vanessa Mochida disse esperar que o centro consiga o dinheiro para não fechar as portas.
“A entidade só não fechou porque na época que a diretoria foi afastada nós, as quatro funcionárias que ficaram, decidimos fazer tudo aqui desde limpeza, refeição e organização. Mas é sacrificante”, disse a terapeuta ocupacional Vanessa Mochida
Despesas
Segundo Mochida, a prefeitura destina R$ 7 mil para o centro e o governo estadual mais R$ 1,5 mil mensalmente. Mesmo recebendo doações da comunidade e realizando bazares, o valor que a entidade consegue não é suficiente para pagar as despesas que chegam a R$ 11 mil.
“A prefeitura nos ajuda no que pode. Se uma das funcionárias quiser sair, não temos nem como dispensar porque não temos caixa”, contou.
A maioria das famílias dos idosos já foi informada da situação. Muitos se disponibilizaram a ajudar. No próximo dia 11 de outubro, o Centro do Idoso irá promover mais uma campanha de venda de pizzas.
“O dinheiro arrecadado será usado para o pagamento de férias, 13° e outras dívidas. Começaremos o ano que vem já com uma falta e não temos de onde repor isso”, disse a terapeuta.
Atividades
O Centro do Idoso fica na Avenida São João, no Centro, foi inaugurado em 2006 e já chegou a atender 50 pessoas.
São realizados atividades de prevenção ao processo de avanço do envelhecimento promovendo qualidade de vida. Hoje, são atendidos idosos entre 60 e 90 anos gratuitamente.
“De segunda a sexta-feira, eles vem aqui e passam o dia todo realizados atividades. Eles aprendem a fazer artesanato, participam de grupos terapêuticos, caminhada, pintura em tecidos, aulas de canto, além de poder conviver com outras pessoas”, disse Mochida.
Esperança
A entidade conta com pacientes que frequentam o centro há mais de 15 anos. Segundo a terapeuta, o trabalho realizado por eles não tem a visibilidade que deveria para um serviço que tem alto retorno com baixo custo.
“Fico triste de termos pouca ajuda e acho que daria para expandir muito mais. Daqui 20 anos teremos o dobro do número de idosos que temos agora e esse tipo de trabalho irá ajudar muito para a prevenção do envelhecimento. As famílias nos relatam que esse trabalho é muito positivo, e tenho esperança que iremos continuar”, relatou Mochida.
Fonte: Por Claudinei Junior*, G1 São Carlos e Araraquara
*Sob supervisão de Fabio Rodrigues do G1 São Carlos e Araraquara
